segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

G. Hue Sonata para Flauta e Piano




G.Hue 
         Fantasia para Flauta e Piano.


Quarteto com Flauta W.A.Mozart



W.A.Mozart 
                  Quarteto com Flauta em Ré Maior.



Movimento I. Allegro.


Movimento II.

Aulas de Música



Aulas de Música


A agenda já esta aberta para novos alunos no curso de Música em 2018! 

Agende já uma aula teste ;)




Aulas de Francês



Aulas de Francês


A agenda já esta aberta para novos alunos no curso de Francês em 2018! Se você tem vontade de aprender esse lindo idioma, essa é a hora! :) 

Agende já uma aula teste ;)

Oficina de Flauta Casa Mario de Andrade


Oficina de Flauta
                                                      Casa Mário de Andrade 


Durante os dias 20 à 23 de fevereiro acontecerá a Oficina de Flauta na Casa Mário de Andrade, na oficina o flautista Silnei Doomacil abordará um pouco sobe a historia da flauta, seu uso na música erudita e popular ,aulas em grupo, Concertos didáticos, Orquestra de flautas com os participantes da oficina e muito mais.

A oficina será completamente gratuita! As inscreções são feitas pessoalmente durante as oficinas é só chegar ;)


Sobre Silnei Doomacil:

Bacharel em Flauta Transversal pela USP Universidade de São Paulo, Silnei Doomacil inicio os estudos no instrumento aos 10 anos.
Tem realizado intenso e variado trabalho como flautista tendo atuado como solista em concertos de Vivaldi, Bach e Mozart, além de grupos de câmera, música popular brasileira e trilhas para cinema. 
Atualmente Silnei Doomacil é professor titular de Flauta transversal no tradicional Conservatório Musical do Butantã, além de  realizar cursos de especialização na França e na Bélgica.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Aumentando a velocidade da sua digitação

O incrível flautista e professor Marcos Kiehl publicou um artigo muito interessante sobre a velocidade da digitação na flauta,vamo estudar-lo ?


Como melhorar suas escalas!
Marcos Kiehl

Você já parou para pensar que tipo de ajuste é preciso fazer em nossa digitação para que possamos executar uma passagem mais lentamente ou mais rapidamente? Será que para tocar rápido precisamos fazer nossos dedos se movimentarem mais rápido também? 

Experimente tocar a passagem a seguir lentamente e observe o movimento dos seus dedos num espelho:
Agora repita a mesma passagem, mas em velocidade maior, e observe seus dedos novamente no espelho:
Você deve ter constatado que a velocidade dos seus dedos foi praticamente a mesma nas duas velocidades. Isso acontece porque mesmo quando tocamos uma passagem musical mais lenta, ainda assim nossos dedos não se movem tão lentamente para que a mudança de posição e digitação seja o mais breve possível e assim evitarmos aquele efeito de “glissando”. Mas por que então quando repetimos a mesma passagem numa velocidade mais rápida, nossos dedos parecem se mover ainda na mesma velocidade? O que produziu o aumento de velocidade?

A explicação é que ao invés de controlar a velocidade dos nossos dedos, estamos controlando a velocidade da passagem através da duração de cada nota, e através da permanência maior ou menor dos nossos dedos em cada posição digitada. Quanto mais tempo permanecermos em cada posição, mais longas serão as notas e, portanto mais lenta a passagem. Quanto menos tempo nossos dedos ficarem em cada posição, mais curtas as notas e mais rápida a passagem.

Mas é tão óbvio! Sim, deveria ser, mas eu tenho observado que muitos alunos são levados a achar que quanto mais rápida uma passagem, mais rápido seus dedos devem se movimentar, e que somente a velocidade dos dedos é responsável pela velocidade da passagem. Desta maneira, o aluno poderá desenvolver uma técnica ruim, com movimentos dos dedos muito mais rápidos que o necessário. Este aluno dificilmente conseguirá uma boa sincronia e sua digitação ficará também mais barulhenta e “percussiva”. 

É saudável e importante que trabalhemos para que nossos dedos sejam sempre rápidos e precisos, mas é fundamental entender que o mecanismo para tocar mais rápido não é apenas este, e que a velocidade de execução depende muito mais do sincronismo e da antecipação dos movimentos dos dedos que de sua velocidade. Esta velocidade, por sua vez, também deve ter um limite humano que dificilmente pode ser superada, e se tentarmos forçar nosso estudo nesta direção estaremos sempre correndo o risco de tocar com uma técnica ruim. 

Quando observamos um bom flautista tocando podemos ver que seus dedos se movem de maneira suave e macia, sem movimentos bruscos e agitados e que não fazem barulhos percussivos nas chaves, por mais rápido que estejam tocando. Os dedos se movem de maneira leve e ligeira. 

Procure se concentrar muito mais na antecipação do movimento de cada dedo, e não apenas na velocidade deles. Imagine que você tem um compromisso, digamos um ensaio, e tem que chegar na hora certa. Quanto mais cedo sair de casa, mais tempo terá, e assim poderá caminhar ou dirigir mais calmamente e ainda assim chegar no horário, sem pressa e sem afobação. Mas se sair atrasado, terá que correr muito mais para conseguir chegar no horário e ainda assim poderá se atrasar. Você deve usar este mesmo princípio para treinar os seus dedos. 

Numa escala, imagine que cada dedo tem um horário diferente para chegar em cada uma das chaves da flauta, e que se você der o comando para ele começar a se movimentar no momento exato, ele não precisará “correr” para chegar na hora certa. Quanto mais rápido você quiser tocar a escala, mais cedo deverá dar o comando para cada dedo se movimentar, e terá que fazer isto de forma sequencial, para que todos os dedos cheguem no momento certo. Numa escala em velocidade bem rápida, cada dedo deverá iniciar seu movimento uma fração de segundo após o outro, e assim talvez tenhamos dois ou três dedos se movimentando ao mesmo tempo.  

Um outro fator que também pode contribuir para a velocidade da digitação é a altura dos dedos em relação às chaves. Como no exemplo que usei para ilustrar anteriormente, quanto mais perto estivermos do local do ensaio, mais tarde poderemos sair sem chegarmos atrasados. Da mesma maneira, quanto mais perto da chave estiver nosso dedo, menor o percurso e menor o tempo para que ele chegue até a chave. Não levantar muito os dedos pode então ajudar na velocidade e também na sincronização. Mas cuidado, porque aqui existe um outro problema: dedos excessivamente baixos e muito próximos das chaves acabam por perder seu “impulso de movimento” e consequentemente a sua velocidade. Devemos equilibrar e equacionar todas estas varáveis para obter o melhor resultado possível.

Experimente fazer um trinado de fá-sol da seguinte maneira: no início levante bastante o indicador da chave e depois, sem pensar em aumentar a velocidade do dedo, vá gradativamente diminuindo a altura do movimento, levantando o dedo cada vez menos e você verá que o trinado ficará cada vez mais rápido. Ou seja, você aumentou a velocidade do trinado sem precisar mudar a velocidade do dedo!

A altura dos dedos também é uma importante maneira de equilibrar a técnica e a igualdade da digitação de uma escala. Controlar a altura que nossos dedos levantam das chaves poderá aumentar ou diminuir a duração das notas digitadas, fazendo com que uma nota seja tocada mais curta ou mais longa.  

É comum que desigualdades na digitação sejam causadas por movimentos muito rápidos ou deslocamentos muito pequenos dos dedos, então nestes casos devemos nos esforçar para que o dedo se levante um pouco mais alongando aquela nota.

Experimente tocar o exemplo seguinte o mais rápido que puder:
É provável que você sinta uma certa irregularidade na digitação porque o polegar da mão esquerda tende a se afastar muito pouco da chave do si. Desta forma o polegar voltará cedo demais para a chave, fazendo com que a nota dó fique mais curta que o necessário, causando um desequilíbrio na passagem. Pense então em afastá-lo um pouco mais da chave e com isso irá controlando conseguir um ótimo resultado.

Procure praticar desta forma, sempre observando que seus dedos façam movimentos calmos e coordenados, sempre antecipando os movimentos. Quando sentir alguma desigualdade, procure ver se não é uma questão de aumentar ou diminuir a altura que os dedos estão levantando. Além de tudo isso, uma boa postura do corpo e das mãos e uma maneira equilibrada de segurar a flauta também são imprescindíveis para uma boa digitação.

Bons estudos!

O tal "Ouvido absoluto"

Muitas vezes ouvimos esse termo "Ouvido absoluto" ,muitos dizem que não tem,poucos dizem que tem ,mas como sera que esse tal "Ouvido absoluto" funciona? ele realmente existe ?
Para tirar nossas duvidas Claudia Mara Damian publicou uma reportagem bem legal.








O Ouvido Absoluto e Relativo
Embora o fator sócio-cultural interfira de maneira significativa na aquisição da competência auditiva no músico, existem outras habilidades que podem ser de origem fisiológica ou hereditária, como é o caso dos músicos possuidores do chamado Ouvido Absoluto.
Este é um assunto que sempre gera muita polêmica, no meio artístico, mas, principalmente, dentro da comunidade científica, pois apesar de muitas pesquisas realizadas ainda não está suficientemente esclarecida a origem dessa habilidade, a qual trataremos de expor a partir de agora.
O ouvido absoluto proporciona ao seu portador a capacidade de reconhecer com extrema precisão a freqüência característica de cada som, possibilitando-o nomear tons específicos, assim como entoá-los isoladamente, sem a necessidade de recorrer a quaisquer parâmetros.
Para melhor exemplificarmos esta questão imaginemos que sejam apresentadas as seguintes freqüências: 392; 440; 392; 329,6; 392; 440; 392 e 329,6 Hz para vários indivíduos. Um leigo (sem memória musical) diria que ouviu um conjunto de sons; uma pessoa comum, habituada a ouvir música informalmente, identificaria a seqüência como sendo a melodia da canção "Noite Feliz"; um estudante de música poderia citar a relação intervalar, ou seja, 2ª maior ascendente; 2ª maior descendente; 3ª menor desc.; 3ª menor asc.; 2ª maior asc.; 2ª maior desc. e 3ª menor desc. No entanto, somente a pessoa com audição absoluta diria que a sucessão de sons tocados foi: sol, lá, sol, mi, sol, lá, sol e mi.
O músico portador de tal habilidade pode ouvir detalhes e ater-se a cada som puro, bem como perceber formas e estruturas sonoras diversas. A questão do ouvido absoluto ser um "dom inato" ou uma habilidade adquirida através de treinamento sistemático, ainda não foi resolvida. Cientistas, psicólogos, educadores musicais e músicos apresentam opiniões divergentes quanto a este assunto, por ser a habilidade em si difícil de ser avaliada pelos critérios comumente utilizados.
Os resultados dos estudos apresentados, quer pelos defensores do ouvido absoluto como dom inato, quer por aqueles que acreditam que tal habilidade é decorrente de um aprendizado fornecido culturalmente, não são categoricamente conclusivos. Os próprios argumentadores admitem existir possibilidades além daquelas que apresentam.
Vale dizer, que para quem acredita nesta habilidade como inata surpreende-se com a constatação da existência de músicos que desenvolveram-se sem qualquer evidência de possuírem tal talento; quem argumenta no sentido de serem as habilidades musicais fruto de uma influência do contexto sócio-cultural, cedem aos fatos, quando estes lhes apresentam indivíduos que, sob os mesmos estímulos musicais não obtêm resultados num mesmo nível de realização.
O indivíduo que possui uma audição absoluta, por ter uma memória sonora de freqüências exatas e fixas, muitas vezes não consegue identificar uma seqüência melódica, se as freqüências das notas forem alteradas por exemplo como num teclado transpositor, ou quando a afinação de um piano estiver fora do padrão (lá 440). Outro incômodo para o músico com ouvido absoluto é a situação que ocorre quando os instrumentos que o acompanham, ou que ele esteja ouvindo, encontram-se fora de seu padrão interno de freqüência; daí é praticamente impossível sua tolerância nessas condições.
Contrariamente à polêmica encontrada em relação ao ouvido absoluto, a capacidade de reconhecer sons musicais através da utilização do ouvido relativo é amplamente difundida e reconhecida.
O ouvido relativo, por realizar uma audição mais abstrata, é capaz de perceber formas e estruturas musicais, como também realizar diversos tipos de relações. Quaisquer padrões estruturais sonoros, independentemente dos níveis de complexidade, são discernidos através da audição relativa.
A audição relativa, por necessitar de referenciais, consegue, a partir de uma elaboração intelectual, absorver o sentido total de uma peça musical, e a audição absoluta possui, biologicamente ou através do treinamento e aculturação, uma memória aural fixa, codificada e armazenada de forma que seu possuidor pode recuperar imediatamente a designação do som ouvido.
Um treinamento musical auditivo prolongado e sistemático, possibilitará ao músico que possui ouvido relativo, desenvolver a percepção absoluta dos sons e mesmo a adquirir a audição absoluta. Ao contrário, o indivíduo possuidor do ouvido absoluto pode, pela ausência de estímulos e treinamento, enfraquecer ou vir a perder esta capacidade (*).
Conclusões
O ideal da percepção auditiva no músico, seria que o mesmo soubesse equilibrar ambas habilidades, ou seja, o ouvinte absoluto explorar toda a sua capacidade, auxiliado pelo complemento referencial da audição relativa, bem como o possuidor da audição relativa utilizar referenciais absolutos já armazenados em sua memória auditiva em função da prática musical.
Essas capacidades auditivas podem ser adquiridas e devem ser estimuladas no processo de educação musical, de forma que os estudantes possam extrair o máximo partido das mesmas, favorecendo dessa maneira o desenvolvimento de sua musicalidade.
Concluindo, podemos dizer que tais competências (audição absoluta e relativa) são passíveis de treinamento e desenvolvimento, assim como não devem ser utilizadas isoladamente. A aquisição dessas habilidades é uma necessidade real, principalmente se levarmos em consideração a diversidade de sons existentes ao nosso redor e a grande variedade de estilos musicais tonais e atonais que fazem parte da nossa cultura.